Gerdau se fortalece com novas tarifas dos EUA
O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, anunciou a aplicação de uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio, medida que entrou em vigor nesta segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025.
Embora possa representar desafios para algumas empresas, essa decisão tende a favorecer a Gerdau, que possui operações consolidadas no território norte-americano.
Presença da Gerdau no mercado americano
A Gerdau, empresa brasileira do setor siderúrgico, conta com diversas unidades nos Estados Unidos, onde produz e comercializa aço.
Aproximadamente 40% do seu EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) vem de suas operações norte-americanas.
Com as novas tarifas, a concorrência com importados pode diminuir, elevando os preços do aço no mercado interno dos EUA e beneficiando a empresa.
Reação do mercado e impacto nas ações
Após o anúncio das novas tarifas, as ações da Gerdau registraram um aumento de cerca de 5% nesta segunda-feira.
Apesar da valorização, analistas alertam que o cenário pode mudar, já que o governo de Trump tem um histórico de reverter algumas decisões.
Além disso, o setor siderúrgico no Brasil ainda enfrenta dificuldades, o que pode influenciar o desempenho da companhia no longo prazo.
Outras siderúrgicas podem ser prejudicadas
Enquanto a Gerdau pode sair fortalecida, outras empresas brasileiras como CSN, Usiminas e ArcelorMittal, que dependem da exportação de aço para os EUA, podem sofrer impactos negativos.
Com o aumento da tarifa, seus produtos perdem competitividade no mercado norte-americano, tornando-se mais caros em relação à produção local.
Desafios no mercado brasileiro
Além do impacto externo, a Gerdau e outras siderúrgicas brasileiras já enfrentam a concorrência do aço chinês, que chega ao Brasil a preços reduzidos.
O setor também depende da retomada de investimentos em infraestrutura no país para impulsionar o consumo interno de aço, fator essencial para um crescimento sustentável.